sexta-feira, 22 de julho de 2011

Paradoxo punitivo

Direito penal não é a área que detenho maior destreza, mas tenho ouvido e visto cenas ao meu redor que me impulsionaram a escrever sobre este tema. Eu gosto de promover debates de opinião, então, tão logo alerto, minha exposição não é concreta e nem um fim para o tema, quero que alguém desconstrua o que segue.

A história moderna da humanidade nos mostra diversos modelos punitivos, claro que, cada um adaptado a cultura de seu povo. No Brasil seguimos o modelo mais tradicional, a alienação da convivência social. Só se passou a pensar em reeducação através da prisão a partir do momento em que não havia mais lugar para estocar os marginais, então foram criadas as penas alternativas, regime semi-aberto, serviços sócias...

Esta ai minha critica, o surgimento das penas alternativas para mim foi apenas uma justificativa para diminuir a superlotação, só isso explica algo pior ainda, e tão exposto por autores como Cirino ou Barata, como pode uma pena reeducativa, no sentido de reeducação para a vida social, se no início da história o individuo é alienado a vivência social?!

Eu tenho idéias meio utópicas para tentar solucionar o problema, mas acho elas um tanto quanto vagas e muito influenciada pelos ideais socialistas, coisas como investimentos maiores em educação e assistência social, mas reconheço que isso é impossível visto a situação financeira do país. Não temos condições reais de investir mais nestas áreas sem prejudicar outras que são tão essenciais quanto esta.
Perdemos mais e mais cidadãos para o crime todos os dias, e eu não consigo achar a saída para esta questão, me parece quase um paradoxo. Feliz daquele que pensar numa solução viável, será um colega muito bem sucedido financeiramente! Se você é o feliz cidadão, exponha sua solução, estou ansioso em saber!

E mais uma vez, agradecemos ao GUILHERME PADILHA pela participação no blog.

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